Racismo em questão oferece uma perspectiva racializada sobre o Brasil e sua estrutura de classes. A obra mostra a importância da identidade na análise social, contrapondo a visão hegemônica sustentada em uma premissa universal, sendo essa pseudo universalidade útil para a manutenção do sistema de hierarquia racial. O autor examina o racismo complementado pelo que denominou de complexidades raciais, a partir da caracterização do que é ser negro e ser branco, no domínio da branquitude responsável pela origem a direitos sociais e estrutura de poder e privilégios, alimentados por relações de subordinação e dominação. Essas relações são exemplificadas pela distribuição espacial e condições de moradia, atreladas a práticas racistas determinadas pela sociedade, nos âmbitos educacionais, profissionais, entre outros. Nesse contexto, se desejamos efetivamente avançar como sociedade e caminhar para um novo patamar de humanidade, é necessário criar e desbravar novas rotas, especialmente se a meta for pleitear o atendimento efetivo das expectativas da população relegada a segundo plano no acesso aos direitos e garantias fundamentais.