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Ópera Poeira & A Catedral Dos Porcos
Editora: Ars et Vita
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Fora de estoqueCódigo: 9788566122299
Categoria: Teatro
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Ópera poeira
Sanite Bélair (1781-1802), sargenta e, posteriormente,
tenente do exército revolucionário haitiano, foi capturada
pelos colonizadores franceses e fuzilada aos 21 anos de
idade, apenas um ano antes da batalha final que levaria à
Independência do Haiti. Em Ópera poeira, essa combatente
da resistência injustamente esquecida decidiu voltar dos
mortos para lançar o movimento #HEROINASemfúria nas
redes sociais, a fim de reivindicar seu lugar na história, entre
os “pais” de sua terra natal. O dramaturgo, romancista e
poeta haitiano Jean D’Amérique alterna cenas líricas e
cotidianas para conectar o mundo da poeira ao mundo de
hoje, tentando reparar a negligência do passado. Ele
ressignifica Sanite Bélair em um novo modelo de resistência
contra todas as formas de opressão e dominação graças a um texto coral, poderoso e
poético, repleto de energia e humor — uma mistura de ritualidade vodu e universo
digital.
A catedral dos porcos
Da cela de uma prisão haitiana, uma voz ecoa. Ela
descreve, de um só fôlego, as mazelas do país: a
pobreza, a fome, as catástrofes naturais, a corrupção no
poder e a hipocrisia da igreja. É um grito. Um poema
dramático que não busca estetizar a miséria e a violência
política, porque o poeta as está vivendo, das profundezas
de sua masmorra em Porto Príncipe. Suas palavras
aprisionadas ressoam ainda mais por terem sido
desprezadas, impedidas e retidas. Extremamente teatral
em sua oralidade e ritmo, o grito de Jean D’Amérique
ecoa o de outros poetas presos, do passado e do
presente: Federico García Lorca, Asli Erdogan, Nâzim
Hikmet... e a força de suas palavras o coloca ao lado da
subversão de Jean Genet e da energia de Aimé Césaire.
Reunidas, essas duas obras oferecem um retrato visceral da condição humana diante
da opressão, ressignificando o teatro como território de luta, memória e poesia.
“Ópera poeira e A Catedral dos Porcos nos revelam um escritor habilidoso, perspicaz,
agudo, versátil, cujos textos deslizam entre a letra lírica e a mais contundente prosa, e
nos quais a palavra se faz como corpo de memória e arauto da história. Textos que se
ancoram na palavra proferida, na qual se performam as gravuras da voz. Aqui a
palavra se metamorfoseia em palavra suporte, palavra canto, palavra potência, palavra
gesto, tradução do imaginário, rítmica de um repertório de modulações e de
movimentos da linguagem poética, instrumento poderoso para alçamento do que a
escrita, na sua qualidade de dicção insurgente, pode também almejar, estimular e
agenciar: a transformação desejada dos cenários de opressão.”
Leda Maria Martins
Páginas | 104 |
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Data de publicação | 16/09/2025 |
Formato | 18x24 |
Largura | 18 |
Comprimento | 24 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 2.34 |
Altura | 2.34 |
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